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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Grupo britânico lança rede internacional para coletar sementes de orquídea e proteger as flores de extinçã

LONDRES - Cientistas britânicos estão na linha de frente da criação de uma rede internacional de depósitos de sementes de orquídeas. A iniciativa ajudaria a conservar centenas de espécies de uma das mais belas plantas floridas, segundo reportagem do jornal "The Independent".

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Uma equipe do Kew Gardens, de Londres, coordena o Projeto Reservatórios de Sementes de Orquídeas para Uso Sustentável (Osssu, na sigla em inglês). Cientistas de dezenas de países contribuirão para o projeto, cujo orçamento previsto é de R$ 5,3 milhões. A meta é de proteger pelo menos 2 mil espécies da flor até 2015.

Philip Seaton, diretor do projeto, afirmou que as flores representam um importante alerta vindo dos ecossistemas em crise.

- As orquídeas são espécies que servem como alerta: se as florestas sofrem problemas, então elas serão as primeiras a desaparecer - ressaltou.

Há mais de 20 mil espécies de orquídeas. Elas representam uma em cada oito espécies de plantas floridas do mundo. Cerca de 25% estão em risco de extinção, segundo Hugh Pritchard, um dos líderes do projeto.

- Queremos estabelecer uma rede de bancos de sementes de orquídeas em todo o mundo - revelou. - Trata-se de uma tentativa de salvar a flor.

O projeto nasceu de uma doação do governo britânico em 2007 destinada ao desenvolvimento de bancos de semente em locais de destacada biodiversidade da Ásia e América Latina.

Países como Equador, Brasil, Colômbia, Cuba, China, Indonésia, Tailândia e Filipinas já se comprometeram com projetos para conservar sementes. Ainda assim, apenas cerca de 250 espécies foram armazenadas até agora. E elas são tão ínfimas que um grupo com centenas delas pode lembrar só um montinho de poeira. Para protegê-las, serão secas e guardadas em freezers com temperatura de 20 graus Celsius negativos. O frio vai mantê-las inativas, permitindo que os cientistas usem o material daqui a décadas. Algumas espécies, de vida mais curta, precisarão ser mantidas em nitrogênio líquido, a 196 graus Celsius negativos.

O esforço para proteger centenas de outras espécies é mais uma tática de segurança contra as ameaças de desmatamento e mudanças climáticas, bem como os danos feitos por colecionadores, que coletam as plantas com fins lucrativos.

Os pesquisadores vão acompanhar as taxas com que as espécies vão germinar e crescer, com sementes monitoradas por sinais de deterioração e amostras crescidas in vitro. Há, também, planos para coletar amostras do pólen e de fungos que as espécies necessitam para florescer na natureza.

A rede Osssu pretende alcançar 30 países. Alguns, como Índia, EUA, Itália, Canadá, Quênia e Camarões estão prestes a abraçar a iniciativa. O projeto será apresentado na quarta edição do Congresso Internacional de Conservação das Orquídeas, um evento anual, que desta vez

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