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sábado, 31 de março de 2012

Quando tuas mãos saem, Pablo Neruda

Quando tuas mãos saem,



amada, para as minhas,
o que me trazem voando?
Por que se detiveram
em minha boca, súbitas,
e por que as reconheço
como se outrora então
as tivesse tocado,
como se antes de ser
houvessem percorrido
minha fronte e a cintura?

Sua maciez chegava
voando por sobre o tempo,
sobre o mar, sobre o fumo,
e sobre a primavera ,
e quando colocaste
tuas mãos em meu peito,
reconheci essas asas
de paloma dourada,
reconheci essa argila
e a cor suave do trigo.

A minha vida toda
eu andei procurando-as.
Subi muitas escadas,
cruzei os recifes,
os trens me transportaram,
as águas me trouxeram,
e na pele das uvas
achei que te tocava.
De repente a madeira
me trouxe o teu contacto,
a amêndoa me anunciava
suavidades secretas,
até que as tuas mãos
envolveram meu peito
e ali como duas asas
repousaram da viagem.
Pablo Neruda

Não vou desistir de você.





Já não é novidade dizer que te amoão vou desistir de você
João Bala
Já não é novidade dizer que te amo
Já não é mais preciso lembrar-te que te amo
Já não posso usar a palavra te amo pra Lhe pedir perdão
Já não sei como expressar meu amor por você.
Um dia isso vai ter fim,
E com o fim morrerei de amor por você
E na morte já quero estar sorrindo
Pois de mim nada desse mundo pode tirar,
O amor que sinto por você.
Esse amor que afunila meu fim,
Pelo desprezo que tu tens tido comigo
É motivo de lagrimas e decepção pelo abandono,
É motivo de se deitar e não mais levantar pra vida.
Mais nem isso nem aquilo que será capaz de tirar
O encanto pela tua beleza e formosura que cada dia
Mais me encanta.
Não vou desistir de você fulana, não vou desistir
De amor teu sorriso pelo qual um dia tu mulher
Levou-me a beira da loucura de te beijar sem tua permissão
Não vou esquecer você, mesmo que a escuridão venha cegar-me,
Minhas vistas estarão sempre te olhando com os olhos da paixão
Com o coração que me presenteou você minha namorada, eu te amo.
Já não é mais preciso lembrar-te que te amo
Já não posso usar a palavra te amo pra Lhe pedir perdão
Já não sei como expressar meu amor por você.
Um dia isso vai ter fim,
E com o fim morrerei de amor por você
E na morte já quero estar sorrindo
Pois de mim nada desse mundo pode tirar,
O amor que sinto por você.
Esse amor que afunila meu fim,
Pelo desprezo que tu tens tido comigo
É motivo de lagrimas e decepção pelo abandono,
É motivo de se deitar e não mais levantar pra vida.
Mais nem isso nem aquilo que será capaz de tirar
O encanto pela tua beleza e formosura que cada dia
Mais me encanta.
Não vou desistir de você fulana, não vou desistir
De amor teu sorriso pelo qual um dia tu mulher
Levou-me a beira da loucura de te beijar sem tua permissão
Não vou esquecer você, mesmo que a escuridão venha cegar-me,
Minhas vistas estarão sempre te olhando com os olhos da paixão
Com o coração que me presenteou você minha namorada, eu te amo.

Amor é fogo que arde sem se ver - Luís de Camões



Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Pablo Neruda

Quero apenas cinco coisas


Pablo Neruda


Quero apenas cinco coisas
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser… sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.

Francisco Cândido Xavier - O sexo, no templo da vida

O sexo, no templo da vida, é um dos altares em que a divina luz do amor se manifesta.


A ele devemos, no mundo, a bênção do lar, a ternura das mães, os laços da consanguinidade, a coroa dos filhos, o prêmio da reencarnação, o retorno à lide santificante...

Através dele, a esperança ressurge em nossa alma e o trabalho se renova para nosso espírito, na esteira dos séculos, para que o tempo nos reajuste, em nome do Eterno Pai...

Fonte de água pura — não lhe viciemos o manancial.

Campo de renovação — respeitemo-lo.

Escada para o serviço edificante, usada na consagração do equilíbrio, conduzir-nos-á ao monte resplendente da sublimação espiritual — não a convertamos, pois, em corredor descendente para o abismo.

Dos abusos do sacrário em que o Senhor situou o ofício divino da gênese das formas, resultam para a Terra aflitivas paisagens de amargura e desencanto, desarmonia e pavor.

Rendamos culto a Deus, na veneração do jardim em que a nossa existência se refaz.

Se o amor nos pede sacrifício, saibamos renunciar construtivamente, transformando-nos em servidores fiéis do Supremo Bem. Se a obra do aperfeiçoamento moral nos impõe o jejum da alma, esperemos no futuro a felicidade legítima que brilhará, por fim, em nossas mãos.

A Lei segue-nos, passo a passo.

Não nos esqueçamos.

Em qualquer circunstância, recordemos que o sexo é um altar criado pelo Senhor no templo imenso da vida.

Santificá-lo é santificar-se.

Conspurcá-lo será perdermo-nos no espaço e no tempo, descendo a escuros precipícios da morte, dos quais somente nos reergueremos pelos braços espinhosos da dor.






pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Mãe, Médium: Francisco Cândido Xavier

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Espelhos





ESPELHO



Sou o que tu achas que sou!
Estúpidos devaneios, quanta ironia

Lampejos de insanidade, tu ficas a medrar,

Alegra-se... apressa-se a jogar pedras...

Pro alto...




Sou o que tu queres que eu seja!
Críticas, quanta soberba...

Coletâneas de falsidades, porfias...

Exalta-se...

Corres no tempo para a imagem rotular...

Incauto...




Sou o que tu queres ser!
Falas aos ventos, mil defeitos...

Embalagens de hipocrisias... Triste realidade...

Ensoberbece-se... Mal amado,

Esparramas como fel o mal a tecer.

Malvado...




Sou e não sou... Assim...
Vê-se no mundo sutil, sou o teu vaso real,

Melhor seria, olhar-se no espelho material.

Como vês seus defeitos estão em mim...

Irado...




O reflexo que no espelho estás a julgar.
O nível se transportou,

O vaso sou eu, tu és o autor,

Vives a comparar-se, e aos outros menosprezar.

Equivocado...




Mal sabes tu, no vaso quem vais encontrar...
Existiu um homem perfeito,

Porque defeito, não os tem,

E por ser assim, não os vê em ninguém,

Coroado...






Se ele os tivesse, o mundo não teria salvação,
Estaria a todos a julgar. Quanta pureza!

Não seria no final, advogado de defesa

Que a ti ele virá um dia, quem sabe, para justificar

Amado...





Sou o que queres que eu seja ?
O meu vaso exprime o teu reflexo interior...

Porque assim tu és! Igual a ti nunca serei.

Sou o teu espelho, vem em mim olhar!-se!

Sou teu servo!




Ericléia Josely